Suspeitos de estelionato foram presos após apresentarem atestados falsos de HIV para sacar o valor bloqueado do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), na terça-feira (24), na Caixa Econômica Federal, em Bauru. Se os funcionários do banco não tivessem suspeitado e acionado a polícia, os acusados conseguiriam levar um total aproximado de R$ 20 mil. Conforme o JC apurou, 90 pessoas já teriam aplicado o mesmo golpe na cidade.
Na manhã dessa terça (24), o carpinteiro Givancildo dos Santos Araujo, 34 anos, o funileiro Alexandre Augusto Rodrigues, 40 anos, e o porteiro Heron Vicente de Araujo, 43 anos, tentaram sacar, respectivamente, R$ 3 mil, R$ 1,8 mil e R$ 5 mil, segundo a PM, em uma agência da Caixa, localizada na região do Jardim Redentor. Todos tinham em mãos atestados médicos apontando que eram portadores do vírus da Aids - o que dava direito a sacar o benefício. Os funcionários do banco desconfiaram e chamaram a polícia.
Na hora do almoço, outra ocorrência semelhante. O serralheiro Andrey Vieira da Silva, 38 anos, tentou sacar mais de R$ 7 mil na agência do Jardim Higienópolis. Duas horas depois, Thaiza Mariano, 27 anos, queria levar R$ 3 mil. Os suspeitos receberam voz de prisão em flagrante por tentativa de estelionato, ratificada pelo delegado da Polícia Federal José Emanuel Ferreira de Almeida.
Os presos teriam adquirido o atestado falso com dois fornecedores, mas não informaram os nomes. No entanto, o delegado adianta que, caso os saques fossem efetuados com sucesso, os homens receberiam R$ 400,00 de cada suspeito. Se confirmados o envolvimento e a localização dos dois, eles serão autuados por falsificação de documentos e participação nas tentativas de estelionato.
“O ponto comum é que os atestados são idênticos”, explica Almeida. Inclusive, nos documentos, consta a assinatura falsificada de uma médica da Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com o delegado, ela negou que teria elaborado os atestados e afirmou ainda que sequer conhece os suspeitos. Como a investigação não aponta que ela tenha qualquer participlação no crime, a sua identidade foi preservada. Em relação aos outros 90 casos, Almeida espera uma comunicação formal do banco para instaurar os inquéritos.
Respostas
Questionada sobre o golpe, a assessoria da Caixa Econômica Federal diz que as fraudes foram detectadas pela auditoria interna do banco e encaminhadas à Polícia Federal. O órgão preferiu não comentar sobre os 90 saques efetuados para não atrapalhar a investigação, mas reitera que continuará contribuindo com a polícia.
Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de Bauru, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa apenas que não recebeu nenhuma notificação oficial sobre o fato de a assinatura falsificada de uma médica da instituição estar presente nos cinco atestados apreendidos pela polícia.
Fonte JC Cidade
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